sábado, 23 de agosto de 2014

Fotografia: ALFRED STIEGLITZ



Alfred Stieglitz (1 de janeiro de 1864- 13 de julho de 1946) foi um fotógrafo estado-unidense, de origem judia-alemã. Durante seus cinquenta anos de carreira lutou para fazer da fotografia uma obra de arte ao nível da pintura e da escultura. Para conseguir esse objetivo começou explorando dentro do campo da fotografia capacidades próprias da pintura (composição, textura) para depois recorrer a elementos propriamente fotográficos (profundidade de campo, efeito de corte fotográfico). Passou assim do pictorialismo (movimento fotográfico de pretensões artísticas) à chamada fotografia direta (movimento que buscava reivindicar a fotografia como meio artístico).  Stieglitz também é conhecido por seu casamento com a pintora Georgia O'Keefe.

Stieglitz nasceu nasceu em Hoboken, Nova Jersey como o mais velho de seis irmãos e cresceu na zona este de Manhattan. Sua família se mudou para a Alemanha em 1881. No ano seguinte, Steglietz começou a estudar engenharia mecânica na Technische Hochschule de Berlin e logo trocou os estudos pela fotografia. Realizou uma séria de viagens pela Europa, durante as quais produziu numerosas fotografias de tema campestre: campesinos trabalhando nas costas dos Países Baixos ou a natureza virgem entorno da Selva Negra alemã. Durante a década de 1880 iria, progressivamente, ganhando a admiração e o respeito de seus colegas europeus, e obteve também numeroso prêmios.

Ao longo de sua vida, Stieglitz se sentia atraído pela companhia de mulheres jovens. Em 1893, após seu regresso a Nova Iorque, se casou com Emmeline Obermeyer. Tiveram uma filha, Kitty, em 1898. O dinheiro de ambas as famílias lhes assegurava uma posição tranquila, sem que tivessem a necessidade de trabalhar para viver. De 1893 a 1896, Stieglitz foi editor da revista American Amateur Photographer, e seu modo de trabalhar soaria brusco, autocrático e alienante para muitos assinantes. Depois de se ver forçado a renunciar, Stieglitz se interessou pelo New York Camera Club e mais tarde transformaria seus artigos em uma publicação séria e metódica conhecida como Camera Notes.

Os grandes clubes fotográficos que então estavam em alta nos Estados Unidos não lhe satisfaziam. Em 1902 organizou um grupo ao qual só se podia entrar por estrito convite, e o chamou Photo-Secession,  com o objetivo de forçar ao mundo da arte a reconhecer a fotografia "como um meio distinto de expressão individual". Entre seus membros se encontravam Edward Steichen, Gertrude Kasebier, Clarence H. White e Alvin Langdon Coburn. Photo-Secession organizou suas próprias exposições e publicou Camera Work uma prestigiosa revista fotográfica, entre 1902 e 1917.

De 1905 a 1917, Stieglitz dirigiu as Little Galleries of the Photo-Secession no 291 da Quinta Avenida (que ficou conhecido como o 291, devido ao número da rua). Em 1910, Stieglitz foi convidado a realizar uma exposição em Buffalo, Nova Iorque, na Albright Art Gallery, que alcançou recordes de visitantes. Insista no fato de que as fotografias parecessem fotografias, de modo que seu realismo permitisse à pintura uma maior abstração.

Stieglitz se divorciou de sua mulher em 1918, pouco depois dela deixar a casa de ambos ao surpreendê-lo enquanto fotografava a artista Georgia O'Keefe, com quem moraria mais tarde. Se casaram em 1924 e o êxito sorriu a ambos, a ele como fotógrafo (tiraria centenas de instantâneos de O'Keefe ao longo de sua vida), e a ela como pintora. Ambos alcançaram grande notoriedade por suas exposições na sala 291. Ainda assim, seu matrimônio se desgastaria devido à precária saúde de Stieglitz (sofria do coração) e à sua hipocondria, que obrigava a pintora a cuidar dele constantemente.

Na década de 1930, Stieglitz tirou uma série de fotografias, incluindo alguns nudismos, da herdeira Dorothy Norman, que, deste modo, passaria a ser uma séria rival de O'Keefe no afeto de Stieglitz. Tanto essas fotos como as em que O'Keefe aparece, se reconhece, com frequência, um dos primeiros exemplos em que se explora o potencial de fragmentos isolados do corpo humano na fotografia. Nesse período, Stieglitz também presidiu as galerias não comerciais de Nova Iorque, The Intimate Gallery e An American Place.

O trabalho fotográfico de Stieglitz terminaria em 1937 devido a sua enfermidade cardíaca. Durante os dez últimos anos de sua vida, veraneava no Lago George de Nova Iorque trabalhando em uma cobertura que havia convertido em câmara escura, e passava os invernos com O'Keefe no Shelton  de Manhatan, no primeiro arranha-céu da cidade. Morreu em 1946 com a idade de 82 anos, sendo, ainda, um firme apoio para O'Keefe, como ela sempre foi para ele.

"Quando faço fotografia, é como fazer amor". (Alfred Stieglitz)

Logo abaixo algumas de suas obras, e na sequência vídeo com o documentário  Alfred Stieglitz, Arte Moderno y Fotografia.




Georgia O’Keeffe by Alfred Stieglitz (1918)

Georgia O'Keefe, 1918
Localização: Metropolitan Musem of Modern Art, New Iork





Georgia O'Keefe, 1932




Marcel Duchamp, New York 1923 - by Alfred Stieglitz
(via Library of Congress)

Marcel Duchamp (pintor e escultor francês), 1923





Venetian Canal, 1897





The Terminal, 1917
Ford Motor Company Collection





The Last Joke, 1887
Localização: National Gallery of Art, Whashington, EUA





Venetian Boy, 1887





The Letter Box, 1939.


Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/Alfred_Stieglitz


Alfred Stieglitz, arte moderno y fotografía (en español)




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