sábado, 13 de setembro de 2014

Música: LÉO FERRÉ


Léo Ferré (Mônaco, 24 de agosto de 1916 - Castellina in Chianti, Itália, 14 de julho de 1993) foi um autor, compositor, intérprete, pianista e poeta franco-monegasco. Por haver composto mais de quarenta álbuns originais em um período de 46 anos, Léo Ferré é o cantor mais prolífero da língua francesa. Definindo-se como anarquista, esta forma de pensar inspirou grandemente suas obras. Junto com o belga Jacques Brel (1929-1978) e com Georges Brassens (1921-1981) é considerado um dos grandes compositores da chanson. 

Ao fim do verão de 1946, Léo Ferré conseguiu um acordo para cantar por três meses no cabaré Le Boeuf sur le Toit, em Paris, para onde foi com o piano. Fez amizade com o cantor Jean-Roger Caussimon (1918-1985), a quem perguntou se lhe permitia converter seu poema A la Seine em uma canção. Juntos compuseram várias canções especialmente apreciadas por seu público, como Monsieur William (1950), Le Temps du Tango (1958), Comme à Ostende (1960) e Ne Chantez paz la Mort (1972).

Em abril de 1947, Ferré se comprometeu a fazer uma apresentação em  Martinica, que acabou sendo um fracasso e confirmou sua aversão por viajar. Sem dinheiro, teve que trabalhar seis meses para voltar. Em seu regresso, começou a andar com os anarquistas espanhóis exilados durante a ditadura de Franco. Isso alimentou sua visão romântica da Espanha, que o inspirou a escrever Le Bateu Espagnol e Le Flamenco de Paris. 

Esse período foi difícil emocional e financeiramente. Durante longos sete anos teve que conformar-se com compromissos esporádicos nos diferentes bares da cidade: Les Assassins, Aux Trois Mailletz, L'Écluse, Le Trou, Le Quod Libetel ou Milord l'Arsouille, os três últimos dirigidos por seu amigo Francis Claude, com quem escreveria várias canções, incluindo La Vie d'Artiste (1950), fazendo eco a seu recente divórcio de Odette. 

Ele conseguiu uma boa reputação ao levar, não sem dificuldades, suas canções à voz de alguns artistas da época: Edith Piaf, Henry Salvador, Giraud Yvette, Les Fréres Jacques. Porém foi na cantora Catherine Sauvage que ele encontrou a embaixadora mais leal, apaixonada e persuasiva de sua obra. 


avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
on oublie les passions et l'on oublie les voix
qui vous disaient tout bas les mots des pauvres gens
ne rentre pas trop tard, surtout ne prends pas froid.

avec le temps...
avec le temps,va, tout s'en va
et l'on se sent blanchi comme un cheval fourbu
et l'on se sent glacé dans un lit de hasard
et l'on se sent tout seul peut-être mais peinard
et l'on  se sent floué par les années perdues-
alors vraiment
avec le temps on n'aime plus.

------------------------------------------------------------

Com o tempo...
Com o tempo tudo se vai
Se esquecem as paixões e se esquecem as vozes
Que diziam baixinho com palavras de gente pobre:
"Não volte tarde, sobretudo não apanhe frio".

Com o tempo....
Com o tempo tudo se vai
E alguém se sente envelhecido como um cavalo esgotado
E alguém se sente escolhido pelo azar
E alguém se sente muito só talvez, mas tranquilo
E alguém se sente ridículo pelos dias perdidos...
Então, de verdade,
Com o tempo, já não se ama.

(Léo Ferré, letra de "Avec le Temps")



Na sequência vídeo em que Léo Ferré canta "La Mémoire et la Mer" e áudio-vídeo com a canção "La Solitude".


Fonte: http://poemasenfrances.blogspot.com.br/2000_04_01_poemasenfrances_archive.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leo_Ferre



La Mémoire et la Mer - Leo Ferrè





La solitude - Leo Ferrè


Nenhum comentário:

Postar um comentário