quinta-feira, 28 de maio de 2015

Pintura: FRIDA KAHLO


Magdalena Carmen Frieda Kahlo Calderón (Coyoacán, 6 de julho de 1907 - Coyoacán, 13 de julho de 1954), mais conhecida como Frida Kahlo, foi uma pintora e poeta mexicana de ascendência alemã e espanhola. Casada com o célebre muralista mexicano Diego Rivera, sua vida esteve cruzada pelo infortúnio de uma enfermidade infantil e por um grave acidente em sua juventude que a manteve prostrada na cama durante muito tempo, chegando a submeter-se a 32 operações cirúrgicas. Levou uma vida pouco convencional, foi bissexual e entre seus amantes se encontrou com León Trotski, um político e revolucionário russo de origem judia. Sua obra pictórica gira em torno de sua biografia e de seu próprio sofrimento. Foi autora de aproximadamente 200 obras, principalmente auto-retratos, nos quais projetou sua dificuldade para sobreviver. A obra de Kahlo está influenciada por seu esposo, o reconhecido pintor Diego Rivera, com o qual compartilhou seu gosto pela arte popular mexicana de raízes indígenas inspirando outros pintores mexicanos do período pós-revolucionário.

Em 1939 expôs suas obras na França atendendo a um convite de André Breton, que tentou convencê-la de que eram surrealistas, ainda que Frida dissesse que esta tendência não correspondia a sua arte já que ela não pintava sonhos, mas sua própria vida. Uma das obras desta exposição (Autorretrato - El Marco, que atualmente se encontra no Centro Pompidou) se tornou o primeiro quadro de um artista mexicano adquirido pelo museu do Louvre). Até então, Frida Kahlo havia pintado privadamente e a ela própria custou admitir que sua obra pudesse ter um interesse geral. Ainda que gozasse a admiração de destacados pintores e intelectuais de sua época como Pablo Picasso, Wassily Kandinski, André Breton e Marcel Duchamp, sua obra alcançou fama e verdadeiro reconhecimento internacional depois de sua morte, a partir da década de 1970.

Após anos de intenso sofrimento físico e frustrações (Frida Kahlo tentou ser mãe, porém após anos de tentativas e alguns abortos, descobriu ser impossível realizar seu sonho), traições do marido, as quais a pintora compensava com amantes de ambos os sexos, e outras desventuras mais, Frida Kahlo teria escrito em seu diário pessoal já no último ano de sua vida, quando,  impossibilitada totalmente de andar, não podia mais sair da cama, a famosa frase a respeito de sua morte "Espero alegre e saída e espero nunca voltar".

Abaixo alguns de seus trabalhos mais conhecios e na sequência vídeo com o documentário em espanhol "Frida Kahlo".



Autorretrato em Vestido de Veludo - 1926

Um de seus primeiros autorretratos, ao qual ela chamava de pequeno Boticelli, feito para seu então namorado Alexandre, o qual partiu com a família para a Europa. Em suas cartas escrita ao amado, Frida se referia ao retrato como a ela própria: "Alexandre, seu Boticeli se torna a cada dia mais triste. Eu disse a ela que, até que você volte, ela deveria ser apenas um som que dorme, apesar disso ela se lembra de você sempre".

Dimensões: 79,7 x 60 cm
Óleo sobre tela
Acervo particular



O Cervo Ferido - 1946

Nessa pintura, Frida usa a imagem de um jovem cervo com sua própria cabeça, que foi surpreendido por flechas. Ao fundo uma floresta com árvores mortas e ramos secos, o que expressa a imagem de dor e desesperança. Ao longe uma tempestade com relâmpagos que iluminam o céu.

óleo sobre fibra dura
Dimensões: 22, 4 x 30 cm



As Duas Fridas - 1939

Essa pintura foi finalizada logo após seu divórcio com Diego Rivera, e mostra Frida com duas personalidades. Uma é a tradicional Frida em trajes mexicanos. com um coração partido, sentada ao lado de uma Frida independente, modernamente vestida. Mais tarde ela admitiria, que essa é a expressão do desespero e da solidão que sentia após o divórcio.



The love embrace of the universe the earth mexico myself diego and senor xolotl - by Frida Kahlo
Na Fronteira entre o Abraço de Amor do Universo, a Terra (México), Eu, Diego e o sr. Xólotl - 1949

O tema dessa pintura possui muitos elementos que derivam da cultura mexicana. A incapacidade de Frida para ter filhos a fez adotar um papel maternal em relação a Diego. No centro da pintura, como uma Madonna, ela segura seu marido Diego em um abraço amoroso. Ainda que a mulher seja a figura que alimenta a vida, o homem tem o terceiro olho da sabedoria em sua fronte, portanto dependem um do outro. Abraçando o casal está a mãe terra Asteca, Cihuacoatl, feita de barro e pedra. A figura na parte mais externa, a mãe Universal, abraça Cituacoatl. No primeiro plano, o cão Itzcuintl Señor Xolotl, representa Xolotl, um ser na forma de um cão que guarda o mundo subterrâneo. 

Óleo em tela
Dimensões: 70 x 60,5 cm
Acervo particular



Autorretrato com Colar de Espinhos e Colibri - 1940

Retrato simbólico no qual vemos folhagens verdes atrás da pintora, e uma folha amarela ao seu lado, um gato preto e um colar de espinhos envolto em seu pescoço fazendo-o sangrar, um macaco brincando com os espinhos e um beija-flor puxando-o. Sua expressão ainda assim é calma e solene, mostrando sua paciência diante da dor.

Tinta a óleo
Dimensões: 61,25 x 47 cm
Localização: Harry Hansom Center, Universidade do Texas.



Hospital Henri Ford - 1932

Nessa pintura, Frida se retrata no Hospital Henri Ford, onde jaz no leito, com hemorragia. O corpo retorcido e a cama inclinada indica os sentimentos de tristeza e desconexão, uma reflexão sobre o que ela sentia enquanto sofria um aborto espontâneo no hospital Henri Ford. O feto, que era do século masculino, filho da artista com Diego Rivera, é retratado como uma ilustração médica. A orquídea assemelha-se a um útero. Ela segura sobre a barriga longas cordas vermelhas, como cordões umbilicais. O caracol é o símbolo da demora durante a operação.



What I Saw in the Water, 1938 by Frida Kahlo
O que Eu Vejo na Água - 1938

Essa pintura tem outro nome "O que a Água me Mostra". Ainda que Frida Kahlo nunca tenha se considerado uma "surrealista" esse trabalho foi pintado em um surrealístico estilo. Na água o reflexo são suas imagens de vida e morte, felicidade e tristeza, conforto e dor, assim como seu passado e presente. No centro, Frida jaz, afogada em suas imaginações e sangrando pelo canto da boca. Ela se mantém a deriva por meio de uma corda que serve como corda-bamba para insetos e uma bailarina.

Tinta a óleo
Acervo particular



Self Portrait with Loose Hair, 1947 by Frida Kahlo
Autorretrato com os Cabelos Soltos - 1947

Em 1946, Frida viajou para Nova Iorque para uma fusão espinhal. Essa operação foi chamada "o começo do fim". Ainda que ela tenha consultado a inúmeros médicos, sua condição piorou cada vez mais após essa operação. Esse autorretrato foi pintado enquanto ela se recuperava. O texto no manunscrito diz: "aqui, eu pintei a mim mesma, Frida Kahlo, com meu reflexo no espelho. Eu tenho 37 anos e é julho de 1947. Em Coyacán, México, local onde nasci".

Óleo sobre fibra dura
Dimensões: 61 x 45 cm




Sol e Vida - 1947

A obsessão de Frida com a fertilidade era, por vezes, tema recorrente em suas pinturas. Neste quadro, o sol que dá vida está rodeado por plantas em formato fálicos e matrizes femininas protegendo um feto que está se desenvolvendo.



Moses, 1945 by Frida Kahlo

Moisés - 1945

Alguns se referem a esse quadro como "O Núcleo da Criação". Em uma descrição escrita, Frida se refere a ela como "Moisés, o Nascimento do Herói". A figura central é o bebê abandonado Moisés, o qual se assemelha muito a Diego representado em outras pinturas, e possui igualmente o terceiro olho da sabedoria em sua fronte. O nascimento está representado sob um sol, provedor da vida, e é escoltado por deuses, heróis, a humanidade em geral e as mãos da morte que abraça a todos. Os ramos novos que brotam dos troncos das árvores mortas se referem ao ciclo da vida e da morte, que aparece em muitas pinturas de Frida. 

http://es.wikipedia.org/wiki/Frida_Kahlo


Frida Kahlo - Documental en español

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