terça-feira, 16 de setembro de 2014

Escultura: ANTONIO CANOVA


Antonio Canova (Possagno, 1 de novembro de 1757 - Veneza, 13 de outubro, de 1822) foi um desenhista, pintor, antiquário e arquiteto italiano, mas é mais lembrado como escultor, desenvolvendo uma carreira longa e produtiva. Seu estilo foi fortemente inspirado na arte da Grécia antiga.  Suas obras foram comparadas por seus contemporâneos com a melhor produção da Antiguidade, e foi tido como o maior escultor europeu desde Bernini, sendo celebrado por toda parte. Sua contribuição para a consolidação da arte neoclássica só se compara a do teórico Johann Joachim Winckelmann e à do pintor Jacques-Luis David, mas não foi insensível à influência do Romantismo (valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular). Não teve discípulos regulares, mas influenciou a escultura de toda a Europa em sua geração, atraindo inclusive artistas dos Estados Unidos, permanecendo como uma referência ao longo de todo o século XX. Também manteve um continuado interesse na pesquisa arqueológica, foi um colecionador de antiguidades e esforçou-se por evitar que o acervo  de arte italiana, antiga ou moderna, fosse disperso por outras coleções do mundo. Considerado por seus contemporâneos um modelo tanto de excelência artística como de conduta pessoal, desenvolveu importante atividade beneficente e de apoio aos jovens artistas. Foi diretor da Accademia di San Luca em Roma e Inspetor-Geral de antiguidades e Belas Artes dos estados papais, recebeu diversas condecorações e foi nobilitado pelo papa Pio VII com a outorga do título  de Marquês de Ischia.

A primeira fonte documental importante sobre sua vida e carreira apareceu quando ele ainda vivia, um catálogo de suas obras completas até 1795, publicado no ano seguinte por Tadini em Veneza. Na época de seu falecimento surgiram um exaustivo catálogo geral em 14 volumes, Opere di Sculture e di Plastica di Antonio Canova (Albrizzi, 1824), vários ensaios biográficos, entre eles Notizia intorno alla vita de Antonio Canova (Paravia, 1822), Biographical Memoir (Cicognara, 1823), e Memoirs of Antonio Canova (Memes, 1825), e mais uma profusão de elogios fúnebres recolhidos e publicados por seus amigos, trabalhos que permanecem com as principais fontes para a reconstituição de sua trajetória. Ele recebeu umas poucas críticas importantes em vida, entre elas os artigos que Carl Ludwig Von Fernow publicou em 1806, condenando sua excessiva atenção à superfície das obras, o que para ele desvirtuava o idealismo estrito defendido por Winckelmann e as rebaixava a objetos de apelo sensual, mas indiretamente reconhecia o efeito hipnótico que o refinado acabamento das obras de Canova exercia sobre o público. Por ocasião de sua morte a opinião generalizada sobre ele era sumamente favorável, e mais do que isso, entusiasta. Apesar de ser considerado o escultor neoclássico por excelência, e de o Neoclassicismo pregar a moderação e o equilíbrio, muitas vezes suas obras excitaram as paixões mais ardentes de seu público, num período em que o Neoclassicismo e Romantismo corriam lado a lado.

A crítica contemporânea continua vendo Canova como o maior representante da corrente  neoclássica de escultura, e reconhece seu grande papel na fixação de um novo cânone que ao se referir à tradição da Antiguidade não ficou servilmente atado a ela, mas adaptou-a para atender às necessidades de seu próprio tempo, fazendo uma escola de enorme difusão e influência. Também se reconhece o mérito de sua vida pessoal exemplar e de seu integral devotamento à arte.


"Uma das características marcantes de nossa espécie é a capacidade de seu intelecto projetar, para fora do ser, o que somente nele existem, convertendo seus sonhos em mitos e crenças. (Antonio Canova)


Abaixo algumas de suas obras.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Canova




Cupido e Psiquê,  1788 - 1793

Uma das três versões do tema Eros e Psiquê, a obra representa,  com um erotismo sutil e refinado, o deus do amor, com ternura ao contemplar o rosto da jovem que ele ama, retribuído por Psiquê com uma doçura de igual intensidade.
Material: mármore branco
Dimensões: 155 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris





Hércules e Licas, 1795-1815

Hércules, enlouquecido pela dor provocada pela túnica embebida no sangue envenenado do Centauro Nesso, lança ao ar o jovem Licas, que, sem saber do veneno, havia entregado a túnica sobre ordens de Deyanira.
Material: Mármore
Dimensões: 335 cm
Localização: Galeria Nacional de Arte Moderna de Roma.





Hércules e Licas

Detalhe do rosto aterrorizado de Licas





Adão e Eva Lamentando a Morte de Abel, 1818
Material: Terracota 





Teseu Vencendo o Centauro, 1804 - 1819

Derradeira grande composição heroica do autor, a obra fora encomendada por Napoleão com o objetivo de instalá-la em Milão, mas foi adquirida pelo imperador austríaco e levada para Viena. 
Material: mármore
Dimensões: 340 cm.
Localização: Kunsthistorisches Museum, Vienna.





Perseu com a Cabeça de Medusa, 1804 - 1806

Possivelmente sua composição mais célebre no gênero heroico e uma das principais em toda a sua produção. O herói não é figurado em combate, mas no seu triunfo sereno, após a tensão da luta com Medusa.
Material: mármore
Dimensões: 
Localização: Metropolitan Museum of Art, New York





Orfeu, 1777

Material: Mármore
Dimensões: 140 cm
Localização: Museu Ermitage, São Petersburgo


Antonio Canova  - obras [1757-1822]


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